quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sequência didática das Oficinas do Terceiro Ciclo

Título: A representação da mulher pela mídia

Datas: 27 de maio (Palmeirinha),
            28 de maio (Campina do Simão)
            31 de maio (Turvo)

Participantes: Maria Cleci Venturini (Orientadora)
                       Luiz Rogério Camargo
                       Ana Gabriela de Souza
                       Camila Machado

Descrição

     Nesta oficina o objeto de estudo foi a mulher e a representação dela pela mídia. Essa representação suscita a questão da violência social, moral e física em torno figura feminina. Para situar e discutir essa questão, destacamos a Lei Maria da Penha, seus objetivos, a relevância social da lei e os efeitos sociais dela na sociedade atual.
     Em relação à teoria, centramos as discussões na memória que ressoa no eixo da formulação por meio de propagandas que usam a imagem da mulher e a constituem como objeto, fazendo emergir imaginários em torno da figura feminina como objeto e também em relação à propaganda e publicidade, cujo objetivo é, em tese, vender não só produtos, mas também ideias.
     O tema foi desenvolvido a partir das seguintes seqüências:

1º) Apresentação do tema:   A representação da mulher pela mídia.

2º) Diferenças entre publicidade e propaganda.

3º) Reflexões em torno da sociedade patriarcal e das conseqüências desse tipo de sociedade em relação à representação da mulher.

4º) Apresentação de quatro textos publicitários que enfocam a mulher (três de cerveja e uma de produto de limpeza).

Kaiser:


Kaiser 2:




Skol:




5º) A partir da apresentação desses textos foram discutidos imaginários em torno da mulher, como objeto nos textos publicitários da cerveja e como dono de casa, preocupada somente com a limpeza – texto de produto de limpeza.

6º) Observação da estrutura do texto: que mulheres aparecem? Como elas são mostradas? Quem está em torno delas e constitui junto com elas o texto?

7º) Todos esses textos suscitam a questão: existe na sociedade hoje a mulher representada nesses textos? As mulheres são sempre belas – como as apresentadas nas propagandas de cerveja?  Ou sempre submissas, desprendidas e preocupadas com a limpeza como aquelas representadas nos textos centradas em produtos de limpeza? Qual a diferença entre a mulher Real e a Mulher Idealizada?

8º) Lei Maria da Penha – apresentação da  mulher que lutou por essa lei e o alcance dela, bem como as implicações sociais e morais dessa lei.

Maria da Penha: 
 

9º) Apresentação de propagandas que veiculam imagens que chocam, em relação à violência contra a mulher, dentre estas imagens, destacamos as de mulheres feridas, violentadas, interditadas, reprimidas, etc.

10º) Avaliação: os alunos, dispostos em círculo, elaboraram frases para expressar por que a mulher deve ser respeitada. Os depoimentos foram gravados para a produção de um videoclipe:

Clipe 3º ciclo Palmeirinha:




Clipe 3º ciclo Turvo:




Clipe 3º ciclo Campina do Simão:

Sequência didática das Oficinas do Segundo Ciclo

Título: Agricultura familiar e educação para o campo.
Datas:  08 de abril (Palmeirinha),
            22 de abril (Campina do Simão)
            22 e abril (Turvo)


Participantes: Ariel José Pires (Orientador)
                       Luiz Rogério Camargo
                       João Sinhori

Descrição

     O tema que envolve o segundo ciclo de oficinas do projeto Educação dos Sentidos é “Agricultura Familiar”. A oficina foi ministrada pelo professor Ariel José Pires, professor do DEHIS da UNICENTRO, e pelo aluno João Sinhori, graduando do curso de História. Com o objetivo de interagir diretamente com os alunos do ensino médio, suas realidades sociais e econômicas, a oficina levantou questionamentos e indagações que explicitamente vão ao encontro de tal realidade, esclarecendo dúvidas sobre os atuais problemas agrários do país e suas possíveis soluções.
     Com uma abordagem teórica, mas também prática, em torno de conceitos como reforma agrária, modos de produção, mão de obra, família, agricultura para exportação, agricultura de subsistência, globalização e êxodo rural, os ministradores tiveram a chance de conhecer o contexto econômico das famílias dos adolescentes que trabalham no campo. A partir disso, foi possível dividir experiências didáticas que auxiliam para própria compreensão da realidade social por parte dos alunos. De forma inerente às práticas escolares, as oficinas se mostraram eficientes e esclarecedoras, tomando-se como referência as discussões em torno do tema e a atividade prática que se seguiu.
     A oficina foi nomeada “História em Canção” e procedeu da mesma maneira nas três escolas. Primeiramente, foram discutidos os conceitos acima citados dando ampla liberdade de discussão para os alunos, justamente para que os ministradores se interassem da realidade de cada aluno e suas especificidades. Em um segundo momento, partimos para atividade prática que buscava, ao mesmo tempo, delinear as opiniões dos alunos e corroborar para o entendimento das questões levantadas durante a oficina.
A atividade se constitui da seguinte forma:

1-    Os alunos ouviram e assistiram clipes de diferentes estilos musicais (hip-hop, rap, MPB, musica nativista) e escolheram um de suas preferências para referenciar a atividade.

A dança do desempregado:




Castelo de Madeira: 



Cio da Terra:




Coração de estudante:



2-    Foram distribuídos materiais como revistas, jornais e cartolinas para que os alunos, que formaram grupos de 3 ou 4, fizessem uma colagem, tendo como base a letra e as imagens do clipe musical.

3-    Finalizado o processo de colagem, os alunos discutiram sobre suas escolhas e as interpretaram perante os outros grupos.

4-    O material coletado juntamente com seus autores foi filmado para que fosse feito um clipe utilizando a música escolhida pela turma.

     Para finalizar a oficina e mostrar resultados aos alunos, incentivando as mais variadas práticas de ensino, foi montado o clipe mostrando tanto as etapas iniciais como finais da atividade. Por coincidência a música escolhida nas diferentes escolas foi “Castelo de Madeira” do grupo de hip-hop “A Família”.

Clipe 2º ciclo Palmeirinha: 



Clipe 2º ciclo Campina do Simão:



Reportagem 2º ciclo Campina do Simão:

Sequência didática das Oficinas do Primeiro Ciclo

Título: Direitos sociais das crianças

Datas: 08 de março (Palmeirinha)
            15 de março(Campina do Simão)
            24 de março (Turvo)

Participantes: Marcio Fernandes (Orientador)
                       Luiz Rogério Camargo
                       Felipe Marques
                       Yorran Barone

Descrição das atividades

A publicidade

     Na segunda parte da oficina abordamos como a publicidade, programas e até jogos influenciam na formação de idéias, opiniões e modos de crianças e adolescentes.
     Em um primeiro momento, nos utilizamos do documentário “Criança: a alma do negócio”, dirigido pela cineasta Estela Renner e produzido por Marcos Nisti. O documentário tem por objetivo incitar a reflexão sobre como a sociedade de consumo e as mídias de massa influenciam diretamente na formação de crianças e adolescentes. Atualmente, nota-se que o lazer dos menores mudou de endereço. As antigas brincadeiras na rua de casa e visitas a amigos dão espaço ao individualismo na frente do computador ou idas aos shoppings e lojas com a finalidade única de aquisição de um determinado produto, muitas vezes esquecidos em um período curto de tempo.
   A abordagem do consumo excessivo destes ainda mostra como um celular ou até mesmo um iate pode influenciar na “felicidade” destas crianças ou adolescente. Para melhor compreensão deste assunto, acompanhe o vídeo abaixo, veja outros exemplos, e entenda claramente a idéia da autora:

Criança é a alma do negócio:



Propagandas abusivas

     Em seguida, ainda falando em publicidade, mostramos duas propagandas abusivas em que são abordados os temas de relacionamento amoroso, habilitação automobilística e independência, sendo que em ambas temos a presença de menores, entre três em cinco anos, como protagonistas.
     A partir do momento que a criança consome este tipo de publicidade, ela acredita que pode ser como aquela vista em sua frente. Isto gera uma reflexão perigosa na mente do menor, pois o leva a crer que namorar ou dirigir, mesmo com pouca idade, é possível. Acompanhe abaixo estas duas propagandas.

Propaganda Claro:


Propaganad Hyundai:



A influência da televisão

     Dentre os veículos midiáticos, o que mais influencia, não só menores, mas a toda população, é a televisão. Atualmente, este meio de comunicação de massa é o mais utilizado pela sociedade. Em um curto espaço de tempo do horário nobre (entre as 20h00min e 22h00min), três integrantes de uma família podem receber e posteriormente consumir tal produto, empresa ou propaganda.
     Imagine-se, pois, que se trata da época de eleições municipais. Às 20 horas se inicia o horário político. O pai, ainda confuso sobre o voto, acompanha o discurso dos candidatos para consolidar sua opinião. Um dos candidatos, se utilizando da malandragem, comenta em seu discurso que sua prioridade é a reforma do posto de saúde local (no momento o principal problema da cidade). O pai acaba acreditando em tal palavra, consome a propaganda pessoal do político e firma seu voto, finalizando este primeiro exemplo.
     Em seguida, se inicia a novela. A mãe acompanha a série desde o início e nota que tal vestimenta da protagonista está à venda nas lojas. Sendo acompanhada pela maioria, estes produtos acabam por se inserir na moda do momento, instigando a mesma a fazer uso de tais produtos.
     Com o término da novela, começam os jogos do campeonato brasileiro. O filho, torcedor fanático, não perde nenhum. No ano de 2007, o Corinthians sofreu o rebaixamento para a segunda divisão do torneio nacional. No ano seguinte foi criado o kit “Eu nunca vou te abandonar”, em alusão a umas das musicas cantada pela torcida. O menino, querendo ajudar o time de coração, consome a propaganda da equipe e compra o kit. O sucesso foi enorme, mais de 40.000 exemplares.
     Tendo em vista essa situação é possível perceber como, em um curtíssimo período, a influência da televisão atinge a vida das pessoas.
     Acompanhe abaixo uma matéria do telejornal “Band Cidade”, e entenda um pouco mais do assunto.

Band Cidade:



     A família também tem alto poder nesta criação infantil. Crianças e adolescentes, muitas vezes, vêem em seus pais um exemplo a ser seguido.
     Este respeito paternal pode ser positivo ou negativo. É o que aborda a propaganda do instituto autraliano “Child Friendly”.
     Acompanhe no vídeo abaixo:

Child Friendly:



Drogas lícitas

     Um problema que vem crescendo bastante nos últimos tempos é o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros pelos menores. Os pais, utilizando-se destas drogas lícitas, diariamente proporcionam a filhos um contato maior com tais substâncias.
     Desde o simples fato de experimentar os estimulantes, o adolescente pode ir aumentando gradativamente a ingestão destes componentes, o que pode culminar em dependência química. Ao chegar neste estado é necessário tratamento. A recuperação se torna difícil e demorada. O apoio e principalmente as atitudes tomadas pela família são essenciais para a libertação do vício.
    Em matéria exibida no telejornal “Bom dia Brasil”, todos estes itens são analisados. Acompanhe abaixo: 

Bom dia Brasil:



Jogos violentos

     Jogos sempre foram umas das grandes diversões do público infantil. Atualmente, com a inclusão digital, um número elevado de pessoas podem usufruir da internet.
     A internet, em um primeiro momento, utilizado como busca de conhecimento, compartilhamento de arquivos e dados, já faz parte do universo dos “games”.
     O lazer oferecido pelas maquinas fascinam o público infantil, contudo, segundo pesquisadores, surgem jogos que podem incitar a violência por parte deste público.
    Muitos são contra a afirmação destes especialistas e o debate: “jogos, incitam ou não a violência?” está em pauta.
    O fantástico, refletindo sobre a questão, publicou uma matéria a respeito. Acompanhe:
Matéria Fantástico:



Atividade desenvolvida

    Como é característico de uma oficina, deve ser desenvolvida alguma atividade prática relacionada ao assunto.
    Nesta oficina optou-se primeiramente pela transmissão do episódio “O Rachador” da conhecida animação “O Pica-pau”.
     Veja o vídeo e em seguida acompanhe qual será a tarefa a ser realizada.

O rachador:



     Após acompanhar o desenho, fica nítido o comportamento desrespeitoso do pássaro para com o policial. A atividade consiste em saber quais foram às infrações realizadas pela ave. Entre elas estão: desacato a autoridade, ultrapassar o limite de velocidade e falsidade ideológica.
     Para os adultos, estes pontos abordados no desenho vão ser, na maioria das vezes, motivos de risos. Já para as crianças é mais um meio de influência.
     Muitas vezes chamado de “desenho infantil”, fica claro o público-alvo. Contudo, como tudo que acompanhamos nesta oficina, os desenhos são fortes meios de influência. Como visto nas duas primeiras propagandas apresentadas, a criança vendo que o pássaro zomba e apronta com o policial pode achar-se no direito de fazer o mesmo, desrespeitando autoridades, idosos e principalmente seus pais.